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One Health do ICBAS protagonista de ‘História’ na Comunicação social

O caminho faz-se caminhando, escreveu o espanhol Antonio Machado (1875-1839) naquele que foi o poema que o deixou para a eternidade das letras. É nesse caminho lento feito de passos persistentes que vai formando escola o conceito One Health (Uma Saúde), que pode vir a revolucionar a forma de olhar a Saúde, assim mesmo com maiúscula, a que nos orienta, nos conforta, nos faz acreditar que é possível sermos melhores, que nos dá qualidade de vida e contorna o vazio do pessimismo mesmo quando o cenário é o mais negro e os dias parecem encurtados à morte.

Leia a peça na íntegra aqui.

Fonte: Notícias Magazine.

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OH Saiba Mais

A abordagem One Health em África

Por Adriano A. Bordalo e Sá, ICBAS

PORTO – O conceito transdisciplinar One Health permite compreender questões de saúde complexas que afectam pessoas, animais, plantas e o ambiente. Na realidade, todas estas áreas estão interligadas e é imperioso abandonarmos a ideia “os humanos primeiro” a favor de uma abordagem holística de que todos os seres vivos têm um papel na Biosfera.

África é considerado o continente mais pobre do Planeta. Uma em cada duas pessoas na África subsariana vive abaixo da linha de pobreza, sendo os serviços de saúde humanos e veterinários, se existentes, básicos. No entanto, isto é uma oportunidade para lançar pontes entre as pessoas, animais, plantas e os respectivos ambientes. Hoje, cerca de 60% da população é rural, sendo a relação com os diferentes seres vivos mais intensa. Em certas partes do continente, os planos de vacinação infantil e animal correm em paralelo. Em doentes com febre é despistada a brucelose nas zonas de forte implementação pecuária em paralelo com a habitual malária e febre tifoide, em colaboração com os serviços veterinários.

A emergência de doenças infecciosas e a re-emergência de outras, tendo animais como reservatórios ou vectores, irá aumentar no futuro próximo. O avanço do deserto do Sahara para sul, a alteração do panorama agroecológico de África, incluindo a desflorestação, os conflitos armados, a migração para as cidades onde o acesso à água e saneamento, assim como a segurança alimentar não estão assegurados, reduz o estado de saúde de populações inteiras. Na realidade, cólera, sarampo, doenças hemorrágicas víricas, malária e meningite, estão no topo da lista de epidemias, expondo ainda mais a vulnerabilidade dos serviços locais de saúde.

África adoptou o conceito One Health como uma ferramenta destinada à vigilância, prevenção, controle e prontidão para o combate à doença. No entanto, apesar de todos os claros avanços dos últimos anos, há ainda enormes lacunas, associadas à falta de financiamento, pouca sensibilidade dos decisores políticos, recursos humanos e materiais insipientes e literacia do público em geral. No entanto, One Health é a abordagem correcta para enfrentar os problemas de saúde que afligem a Biosfera, incluindo os humanos.

Nota: o autor escreve de acordo com a grafia antiga.

Conferência One Health em Bissau, África Ocidental, Maio 2022. Créditos de imagem: Adriano A. Bordalo e Sá.

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Formação

Escola de Ciência de Verão ‘1Health1Welfare’

Curso destinado a estudantes e graduados terá forte componente laboratorial vocacionada para a proteção do bem-estar humano e animal.

Uma semana de componente teórico-prática seguida de, pelo menos, 3 semanas de intenso trabalho prático-laboratorial ligado ao conceito One Health. É este o desafio da Escola de Ciência de Verão 1Health1Welfare que o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) irá acolher entre 10 de julho e 8 de setembro. Trata-se de uma das primeiras oportunidades de formação resultantes da estratégia One Health que a Escola tem vindo a reforçar nos últimos anos.

Assente na ligação entre o bem-estar animal e o bem-estar humano, amplamente associada ao conceito One Health, o curso pretende proporcionar aos participantes a oportunidade de adquirirem conhecimento e métodos de investigação numa destas cinco áreas: Imunologia e infeção; Nutrição animal; Parasitologia; Conservação e gestão de populações selvagens; Bem-estar animal e interação humano-animal.

O trabalho de investigação poderá ser realizado no ICBAS ou numa das instituições associadas ao curso, nomeadamente a Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), o Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) ou o Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto (CIBIO).

O objetivo, segundo a investigadora responsável, Anna Olson, é o de “aproximar estudantes e investigação”: “Os participantes vão ganhar uma base teórica e prática na metodologia de investigação em One Health e vão viver o processo científico no seu contexto real”, garante a coordenadora.

As candidaturas estão abertas até 19 de maio e destinam-se a estudantes, da Universidade do Porto e de outras instituições, que se encontrem a frequentar, ou que tenham terminado um ciclo de estudos (licenciatura, mestrado ou doutoramento) na área das ciências da vida e da saúde.

1Health1Welfare
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Docente do ICBAS lança livro “Muitas Espécies, Uma Só Medicina Veterinária”

Novo lançamento da Editora da U.Porto propõe reflexão sobre a evolução da medicina veterinária e do relacionamento dos humanos com os animais.

“O que faz um médico veterinário?”, “A que espécies animais se dedica?”, “Como está estruturada a sua formação?” ou “É uma profissão difícil?”, lê-se na contracapa de Muitas Espécies, Uma Só Medicina Veterinária. Este pequeno questionário dá o mote para a leitura de uma das mais recentes novidades editoriais da U.Porto Press, o número quatro da coleção Estudos e Ensino da Editora da Universidade do Porto

“Neste livro reflete-se, precisamente, sobre a evolução da medicina veterinária e sobre a evolução do relacionamento dos humanos com os animais”, defende Paulo Martins da Costa, docente do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar e autor da publicação.

Em resposta à questão sobre se a Medicina Veterinária é uma profissão difícil, Paulo Martins da Costa afirma que sim. Que “um veterinário necessita de dedicação, conhecimento, mundividência e um sentido ético apurado”, acrescentando que “é cada vez menos frequente as pessoas entenderem (e respeitarem) os animais na sua essência, tendendo ora a humanizá-los, ora a mecanizá-los”.

Segundo o autor, a profissão é complexa, estando “no centro de um círculo de animais importantes para o homem”. Estes animais inserem-se em vários quadrantes, sendo-lhes atribuídas diferentes “significações humanas” – domésticos, selvagens, de experimentação, de desporto, pragas, vetores de doenças, adoráveis, simbólicos, perigosos, fiéis…

Leia o artigo completo no site das Notícias UP.

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A ciência da água no ICBAS ao serviço da saúde da Biosfera

Água há muita no Planeta. Mas sendo ela 97% salgada, não pode ser directamente utilizada pela maioria dos seres terrestres, aéreos e aquáticos de água doce. Se há 2000 anos tínhamos a mesma quantidade de água disponível de hoje, na altura para o consumo de 72 milhões de habitantes, os 8 mil milhões de pessoas actuais têm que a repartir pelos usos quotidianos, como os domésticos, os industriais e os agrícolas, requerendo quantidades cada vez maiores. A pressão sobre o recurso água nunca foi tão elevada mas, com as alterações climáticas em curso, há que tomar medidas eficazes de aplicação global, destinadas a proteger a hidrosfera.

Em 2010, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou uma resolução histórica ao considerar o acesso à água potável como um Direito do Homem, a par dos outros direitos já consagrados. Parte da água retorna ao meio aquático, mas com características químicas, físicas e mesmo microbiológicas diferentes. Por outras palavras, poluída. Água contaminada significa um ambiente doente e, no limite, conduz à degradação da saúde da Biosfera, a fina camada da Terra onde os seres vivos se distribuem.

Leia o artigo completo aqui.

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