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Malária – não há solução sem One Health

Por Begoña Pérez-Cabezas, ICBAS

PORTO – A malária é uma doença causada pelo parasita Plasmodium, que é transmitido pela picada de mosquitos infetados da espécie Anopheles. Embora seja prevenível e geralmente tratável, estima-se que houve 247 milhões de casos de malária e 619.000 mortes por malária em todo o mundo em 2021. O continente mais afetado foi África, com 95% dos casos e 96% das mortes por malária. As crianças com menos de 5 anos de idade representaram cerca de 80% das mortes por esta doença no mesmo continente. A malária também traz consequências para a economia, a educação e a equidade, prejudicando o desenvolvimento das comunidades afetadas.

Embora haja uma vacina contra a malária aprovada e a ser implementada, a sua eficácia é modesta e de curta duração. Além disso, já foi confirmada a resistência a drogas antimaláricas em algumas das espécies do parasita. Assim, as ferramentas de controlo dos vetores são cruciais para prevenir infeções e para reduzir a transmissão da doença. Para atuar ao nível do vetor, é fundamental entender a ecologia dos mosquitos Anopheles e as condições ambientais que contribuem para a disseminação desta espécie e, consequentemente, da doença. Aumentar a literacia da população sobre este tema também é essencial para melhorar a prevenção.

As principais intervenções contra o mosquito são mosquiteiras tratadas com inseticida e pulverização de espaços internos. No entanto, também estão a surgir resistências a inseticidas entre os mosquitos. Outras ameaças para estas medidas são o acesso limitado, a perda de redes devido a danos e mudanças de comportamento dos mosquitos, que parecem picar antes das pessoas se deitarem. O aumento das temperaturas relacionado com as alterações climáticas também estão a deslocar os mosquitos para altitudes mais altas e para mais longe do Equador. Isto expande o alcance da malária, o que pode ser devastador para aqueles países que não estão preparados para conviver com a doença.

One Health é essencial para lidar com doenças transmitidas por vetores, como a malária. Para enfrentar os desafios relacionados com este tipo de doenças, a abordagem deve ser apoiada por vários stakeholders e integrar também as comunidades. Melhorar os métodos de vigilância e a partilha de informação é fundamental para garantir a deteção precoce (resistência a medicamentos e inseticidas, presença de mosquitos, mudanças de comportamento) e para adaptar, assim, as políticas de prevenção e de tratamento.

Créditos de imagem: Pixabay

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Como a água do mar mais quente vai afetar a nossa saúde e alimentação

Nos Santos Populares houve quem já notasse que o peixe não era tão grande. É um efeito direto da subida da temperatura do mar, mas as consequências não ficam por aqui.

Doenças, novas espécies animais e mais tempestades. A água do mar está a aquecer de ano para ano e isso vai ter consequências de várias formas, afetando o nosso bem-estar, mas também a saúde e a segurança.

O aumento da temperatura das águas está a provocar um efeito ainda desconhecido, mas que os cientistas já começaram a identificar, faltando perceber qual a dimensão. O professor do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) Adriano Bordalo e Sá avisa que a ausência de despistagens regulares pode estar a esconder um problema nas águas portuguesas.

Leia a notícia completa aqui.

Fonte: CNN Portugal

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