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Centro para a Saúde Humana e Animal do ICBAS terá picadeiros

O Centro de Investigação em Saúde Humana e Animal, um projeto do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto (ICBAS) que vai nascer na Maia, incluirá picadeiros para promover o contacto da comunidade com os cavalos.

Em entrevista à agência Lusa, o diretor do ICBAS, Henrique Cyrne Carvalho, destacou que o projeto, além da vertente científica e de investigação, inclui como objetivo “uma ligação muito marcada à comunidade, usando os cavalos para benefício da saúde mental e de alguns grupos de patologias, por exemplo”.

“Sabemos que a hipoterapia traz um enorme benefício a várias doenças do espetro do autismo, entre outras. Por outro lado, ao termos picadeiros, podemos promover a interação e a proximidade da comunidade com os cavalos”, disse Henrique Cyrne Carvalho.

Leia a notícia completa aqui.

Fonte: SAPO24

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Nano for One Health – a nanomedicina na profilaxia e tratamento de zoonoses

Por Sofia Costa Lima, ICBAS

PORTO – As doenças zoonóticas emergentes são um dos principais desafios ao conceito “One Health”. As zoonoses são doenças infeciosas transferidas dos animais para os seres humanos. Atualmente, o tratamento e o diagnóstico das infeções zoonóticas são difíceis devido a mutações genéticas, modificações do local-alvo e resistência a vários medicamentos. De facto, o aumento do nível de resistência aos agentes antimicrobianos entre as espécies bacterianas constitui um grande desafio para a saúde humana e animal, bem como para a vida no futuro.

São urgentes novas abordagens de gestão para melhorar as medidas profiláticas, assegurar um diagnóstico rápido e terapias eficazes contra as bactérias resistentes. Neste contexto, os nanomateriais estão a transformar a medicina graças às suas capacidades versáteis para dispositivos de diagnóstico e para tratamentos de zoonoses através da administração direcionada e controlada de medicamentos antimicrobianos. A dimensão nanométrica dos materiais permite uma entrada fácil nas células dos organismos vivos. Além disso, os nanomateriais podem ter um papel protetor, impedindo a degradação do fármaco encapsulado ou do agente antimicrobiano devido às propriedades de proteção destes materiais, controlando e direcionando a sua libertação para os tecidos doentes, reduzindo os efeitos secundários adversos nos tecidos saudáveis. As aplicações de nanomateriais como vacinas ou sistemas de administração de medicamentos, direcionando agentes terapêuticos no combate a doenças zoonóticas, reforçam o desenvolvimento bem sucedido de estratégias de controlo das infeções. Recentemente, foram propostas novas abordagens baseadas na nanotecnologia com propriedades antimicrobianas, para a separação de agentes patogénicos ou como material de diagnóstico. A aplicação da nanotecnologia pode trazer novas oportunidades para combater as infeções zoonóticas.

Créditos de imagem: iStockphotos

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One Health do ICBAS protagonista de ‘História’ na Comunicação social

O caminho faz-se caminhando, escreveu o espanhol Antonio Machado (1875-1839) naquele que foi o poema que o deixou para a eternidade das letras. É nesse caminho lento feito de passos persistentes que vai formando escola o conceito One Health (Uma Saúde), que pode vir a revolucionar a forma de olhar a Saúde, assim mesmo com maiúscula, a que nos orienta, nos conforta, nos faz acreditar que é possível sermos melhores, que nos dá qualidade de vida e contorna o vazio do pessimismo mesmo quando o cenário é o mais negro e os dias parecem encurtados à morte.

Leia a peça na íntegra aqui.

Fonte: Notícias Magazine.

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A abordagem One Health em África

Por Adriano A. Bordalo e Sá, ICBAS

PORTO – O conceito transdisciplinar One Health permite compreender questões de saúde complexas que afectam pessoas, animais, plantas e o ambiente. Na realidade, todas estas áreas estão interligadas e é imperioso abandonarmos a ideia “os humanos primeiro” a favor de uma abordagem holística de que todos os seres vivos têm um papel na Biosfera.

África é considerado o continente mais pobre do Planeta. Uma em cada duas pessoas na África subsariana vive abaixo da linha de pobreza, sendo os serviços de saúde humanos e veterinários, se existentes, básicos. No entanto, isto é uma oportunidade para lançar pontes entre as pessoas, animais, plantas e os respectivos ambientes. Hoje, cerca de 60% da população é rural, sendo a relação com os diferentes seres vivos mais intensa. Em certas partes do continente, os planos de vacinação infantil e animal correm em paralelo. Em doentes com febre é despistada a brucelose nas zonas de forte implementação pecuária em paralelo com a habitual malária e febre tifoide, em colaboração com os serviços veterinários.

A emergência de doenças infecciosas e a re-emergência de outras, tendo animais como reservatórios ou vectores, irá aumentar no futuro próximo. O avanço do deserto do Sahara para sul, a alteração do panorama agroecológico de África, incluindo a desflorestação, os conflitos armados, a migração para as cidades onde o acesso à água e saneamento, assim como a segurança alimentar não estão assegurados, reduz o estado de saúde de populações inteiras. Na realidade, cólera, sarampo, doenças hemorrágicas víricas, malária e meningite, estão no topo da lista de epidemias, expondo ainda mais a vulnerabilidade dos serviços locais de saúde.

África adoptou o conceito One Health como uma ferramenta destinada à vigilância, prevenção, controle e prontidão para o combate à doença. No entanto, apesar de todos os claros avanços dos últimos anos, há ainda enormes lacunas, associadas à falta de financiamento, pouca sensibilidade dos decisores políticos, recursos humanos e materiais insipientes e literacia do público em geral. No entanto, One Health é a abordagem correcta para enfrentar os problemas de saúde que afligem a Biosfera, incluindo os humanos.

Nota: o autor escreve de acordo com a grafia antiga.

Conferência One Health em Bissau, África Ocidental, Maio 2022. Créditos de imagem: Adriano A. Bordalo e Sá.

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Formação

Escola de Ciência de Verão ‘1Health1Welfare’

Curso destinado a estudantes e graduados terá forte componente laboratorial vocacionada para a proteção do bem-estar humano e animal.

Uma semana de componente teórico-prática seguida de, pelo menos, 3 semanas de intenso trabalho prático-laboratorial ligado ao conceito One Health. É este o desafio da Escola de Ciência de Verão 1Health1Welfare que o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) irá acolher entre 10 de julho e 8 de setembro. Trata-se de uma das primeiras oportunidades de formação resultantes da estratégia One Health que a Escola tem vindo a reforçar nos últimos anos.

Assente na ligação entre o bem-estar animal e o bem-estar humano, amplamente associada ao conceito One Health, o curso pretende proporcionar aos participantes a oportunidade de adquirirem conhecimento e métodos de investigação numa destas cinco áreas: Imunologia e infeção; Nutrição animal; Parasitologia; Conservação e gestão de populações selvagens; Bem-estar animal e interação humano-animal.

O trabalho de investigação poderá ser realizado no ICBAS ou numa das instituições associadas ao curso, nomeadamente a Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), o Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) ou o Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto (CIBIO).

O objetivo, segundo a investigadora responsável, Anna Olson, é o de “aproximar estudantes e investigação”: “Os participantes vão ganhar uma base teórica e prática na metodologia de investigação em One Health e vão viver o processo científico no seu contexto real”, garante a coordenadora.

As candidaturas estão abertas até 19 de maio e destinam-se a estudantes, da Universidade do Porto e de outras instituições, que se encontrem a frequentar, ou que tenham terminado um ciclo de estudos (licenciatura, mestrado ou doutoramento) na área das ciências da vida e da saúde.

1Health1Welfare
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Docente do ICBAS lança livro “Muitas Espécies, Uma Só Medicina Veterinária”

Novo lançamento da Editora da U.Porto propõe reflexão sobre a evolução da medicina veterinária e do relacionamento dos humanos com os animais.

“O que faz um médico veterinário?”, “A que espécies animais se dedica?”, “Como está estruturada a sua formação?” ou “É uma profissão difícil?”, lê-se na contracapa de Muitas Espécies, Uma Só Medicina Veterinária. Este pequeno questionário dá o mote para a leitura de uma das mais recentes novidades editoriais da U.Porto Press, o número quatro da coleção Estudos e Ensino da Editora da Universidade do Porto

“Neste livro reflete-se, precisamente, sobre a evolução da medicina veterinária e sobre a evolução do relacionamento dos humanos com os animais”, defende Paulo Martins da Costa, docente do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar e autor da publicação.

Em resposta à questão sobre se a Medicina Veterinária é uma profissão difícil, Paulo Martins da Costa afirma que sim. Que “um veterinário necessita de dedicação, conhecimento, mundividência e um sentido ético apurado”, acrescentando que “é cada vez menos frequente as pessoas entenderem (e respeitarem) os animais na sua essência, tendendo ora a humanizá-los, ora a mecanizá-los”.

Segundo o autor, a profissão é complexa, estando “no centro de um círculo de animais importantes para o homem”. Estes animais inserem-se em vários quadrantes, sendo-lhes atribuídas diferentes “significações humanas” – domésticos, selvagens, de experimentação, de desporto, pragas, vetores de doenças, adoráveis, simbólicos, perigosos, fiéis…

Leia o artigo completo no site das Notícias UP.

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A ciência da água no ICBAS ao serviço da saúde da Biosfera

Água há muita no Planeta. Mas sendo ela 97% salgada, não pode ser directamente utilizada pela maioria dos seres terrestres, aéreos e aquáticos de água doce. Se há 2000 anos tínhamos a mesma quantidade de água disponível de hoje, na altura para o consumo de 72 milhões de habitantes, os 8 mil milhões de pessoas actuais têm que a repartir pelos usos quotidianos, como os domésticos, os industriais e os agrícolas, requerendo quantidades cada vez maiores. A pressão sobre o recurso água nunca foi tão elevada mas, com as alterações climáticas em curso, há que tomar medidas eficazes de aplicação global, destinadas a proteger a hidrosfera.

Em 2010, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou uma resolução histórica ao considerar o acesso à água potável como um Direito do Homem, a par dos outros direitos já consagrados. Parte da água retorna ao meio aquático, mas com características químicas, físicas e mesmo microbiológicas diferentes. Por outras palavras, poluída. Água contaminada significa um ambiente doente e, no limite, conduz à degradação da saúde da Biosfera, a fina camada da Terra onde os seres vivos se distribuem.

Leia o artigo completo aqui.

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Diretor do ICBAS entrevistado sobre conceito One Health

O ‘One Health’ (Uma Saúde) não é conceito novo, mas ganhou outro significado com a pandemia por COVID-19.

Sabe-se que a hipótese mais plausível para a atuação mundial de um vírus que nunca tinha afetado os humanos é este ter sido passado por um animal, tal como 75% das infecções que nos atingem. Mas a relação entre animais, humanos e meio ambiente não se esgota nas doenças infecciosas e tem levado diversas entidades, como o SNS francês, a investir em novos modos de investigar e de precaver a saúde.

O Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), no Porto, estuda esta ‘saúde global’ há quatro anos, e em várias frentes. Já com várias investigações em curso, introduziu a cadeira ‘One Health’ em todos os cursos e é a única faculdade em vias de criar um mestrado focado nesta nova forma de ver a saúde.

Pelo trabalho desenvolvido, o diretor do ICBAS foi o único português ouvido no Parlamento Europeu para falar do conceito e de como poderá ser aplicado.

Henrique Cyrne Carvalho é médico cardiologista e diretor do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar. Foto: Rui Duarte Silva (Expresso).

Ao Expresso, Henrique Cyrne Carvalho, garante que pensar a saúde humana sem a descolar da saúde animal e ambiental terá de dominar as estratégias de investigação, de formação e de política do futuro.

Leia a entrevista na íntegra aqui.

Fonte: Expresso.

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Proteger a biodiversidade: a base para One Health

Por Begoña Pérez-Cabezas, ICBAS

PORTO – A Biodiversidade refere-se a todas as espécies vivas (e as suas interações) que habitam a Terra, incluindo plantas, animais, bactérias e fungos. Quando preservada, a biodiversidade forma ecossistemas equilibrados que são a base para um planeta sustentável. A qualidade dos ecossistemas traduz-se na qualidade do ar que respiramos, dos alimentos que comemos e da água que bebemos.

As plantas são essenciais para a produção de oxigênio e para a absorção de poluentes atmosféricos. Os insetos são a base de muitas cadeias alimentares e chave para o processo de polinização e para a dispersão de sementes. Os recifes de corais e os manguezais protegem de ciclones e tsunamis, pois fazem com que as ondas quebrem no mar, para além de absorverem a energia das ondas.

No entanto, a Biodiversidade está em perigo devido à atividade humana que perturba os ecossistemas. À medida que a população humana aumenta, as áreas selvagens são usadas para criar terras agrícolas, habitações e zonas industriais. A poluição, a caça e a pesca insustentáveis, a extração de água e o comércio global são outras das principais ameaças ao equilíbrio da vida no nosso planeta. A perda de espécies é um processo irreversível e acredita-se que a taxa de extinção agora seja cerca de 1.000 vezes maior do que antes dos humanos dominarem o planeta.

O aumento das áreas protegidas e o uso sustentável das áreas não protegidas são essenciais para a manutenção da biodiversidade. Mas a proteção dos ecossistemas também está nas mãos de cada um de nós. A maioria dos territórios são explorados para a produção de gado, soja, óleo de palma ou madeira. Reduzir o consumo desses produtos, optar por opções sustentáveis e diminuir o desperdício de bens de consumo impactam positivamente na preservação da biodiversidade.

Créditos de imagem: Scotty Turner, Unsplash.

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Diretor do ICBAS participa em audição pública no Parlamento Europeu

No passado dia 28 de fevereiro de 2023, o diretor do ICBAS, Professor Henrique Cyrne Carvalho, participou numa audição pública sobre One Health no Parlamento Europeu, em Bruxelas.

A sessão “Special Committee on the COVID-19 pandemic: lessons learned and recommendations for the future”, teve como objetivo debater a ligação entre a perda acelerada da biodiversidade e a disseminação de zoonoses como a COVID-19, bem como os seus impactos na saúde humana. O objetivo desta audição foi reunir contributos sobre como a União Europeia pode implementar a abordagem de Uma Saúde nas suas políticas.

O Prof. Henrique Cyrne Carvalho na sessão “Special Committee on the COVID-19 pandemic: lessons learned and recommendations for the future”.

Para o Prof. Henrique Cyrne “Esta foi uma oportunidade única de podermos partilhar o plano de ação que temos em curso no ICBAS para o One Health e, acima de tudo, para contribuirmos com a nossa ação local para a reflexão sobre a implementação de ações de impacto global, nomeadamente através da União Europeia”. 

Veja e ouça a sessão completa aqui.
 

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