ICBAS - Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar
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A visão One Health na doença diarreica em África

Por João Mesquita, ICBAS e Ana Machado, ICBAS

PORTO – A morte por diarreia na infância é em grande parte evitável. No entanto, o impacto da diarreia continua elevado e não totalmente caracterizado devido à complexa interação entre o ambiente, os alimentos, a água e o saneamento, relevando as múltiplas visões do One Health, particularmente em África. Uma proporção significativa de casos pode ser prevenida por meio da vacinação, água potável, saneamento e higiene. Apesar disso, dados dos últimos anos reportam que a diarreia é responsável pela morte de cerca de 90% das crianças com menos de cinco anos na África subsaariana. Devido à mortalidade significativa e impactos negativos a longo-prazo no crescimento e desenvolvimento associados à diarreia crónica, a redução da carga global da diarreia continua a ser uma prioridade que exige intervenções multissectoriais.

Imagem – João Mesquita e Ana Machado na ‘Conversa One Health’ realizada, no ICBAS, no dia 13 de dezembro de 2023. Créditos: Begoña Pérez-Cabezas.

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“Maré de plástico” em praias do Norte de Espanha pode afetar Portugal

O investigador Bordalo e Sá considerou hoje que as autoridades devem vigiar a costa e “implementar um plano de contingência desenhado à medida” da “maré de plástico” das praias do Norte de Espanha que pode afetar Portugal.

“Neste momento as correntes dominantes são para norte. É provável que estas partículas cheguem a Portugal lá para a primavera, quando mudar a direção das correntes, e se não tiver dado à costa todo o conteúdo [dos contentores que transportavam o plástico] que caiu ao mar, embora com um impacto menor. O primeiro passo será acionar a vigilância das praias, usando também a sociedade civil, e o segundo passo será implementar um plano de contingência desenhado à medida e supervisionado”, explicou o hidrobiólogo da Universidade do Porto, em declarações à Lusa.

Leia a notícia completa aqui.

Fonte: Green Savers Sapo, Lusa; Imagem: Camille Minouflet via Unsplash.

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Água, conflitos e refugiados

Por Adriano A. Bordalo e Sá, ICBAS e Joana Savva Bordalo e Sá, IPO-Porto

PORTO – De todos os direitos do Homem, o acesso à água é dos mais recentes. Foi instituído pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em 2010. No entanto, milhares de milhões de pessoas consomem água não potável, que causa doenças e mata. Infelizmente, mais de meio milhão de crianças morrem de diarreias anualmente devido ao consumo de água imprópria.

Nas situações de conflito e de guerra, a vida agrava-se. A recente invasão da faixa de Gaza é mais um doloroso exemplo a par dos conflitos no leste da Europa, Iémen, Birmânia, Sudão, Somália, Etiópia, R. D. Congo, entre outros. Sem água não há rehidratação, nem higiene, nem saúde. Na Palestina desnutrida as doenças infeciosas alastram e no Iémen a epidemia de cólera – uma doença hídrica – continua descontrolada desde 2016, tendo atingido perto de 3 milhões de pessoas, sobretudo crianças.

Em meados do ano passado havia, em todo o mundo, 110 milhões de deslocados, dos quais um terço eram refugiados, algo nunca visto. Se na Quinta do Lago ou na Califórnia cada indivíduo gasta 1000 litros de água por dia (120 em Portugal), os refugiados, quando muito, dispõem de 5 litros (meio balde), com frequência inquinada, miserabilizando ainda mais a sua vida, comprometendo as gerações futuras.

Imagem – Adriano A. Bordalo e Sá na ‘Conversa One Health’ realizada, no ICBAS, no dia 23 de novembro de 2023. Créditos: Sofia A. Costa Lima.

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Conversas One Health

Para enfrentar o desafio de discutir One Health em menos de 60 minutos, continuamos o 1º ciclo de conversas mensais do ICBAS no próximo dia 18 de janeiro.

Na quarta sessão, António Araújo, Professor catedrático convidado e Diretor do Mestrado Integrado em Medicina do ICBAS, convida Joana Simões, Assistente de Oncologia Médica no Centro Hospitalar Universitário de Santo António, para discutirem o tema ‘O impacto das hormonas no desenvolvimento do cancro‘, no âmbito do Ciclo de Conversas One Health.

O evento decorrerá das 13h-13.50h no monobloco 4 do ICBAS.

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Noticias

ICBAS lidera projeto “One Health” para a utilização segura de antimicrobianos

O projeto USAM SULEI vai aplicar mais de 850 mil euros na promoção da utilização segura de antimicrobianos na produção de suínos e de leite bovino.

Monitorizar, sensibilizar e disponibilizar informação sobre boas práticas associadas à utilização segura de antimicrobianos na produção de suínos e de leite bovino é o que se pretende com o projeto USAM SULEI, liderado pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) da Universidade do Porto e cofinanciado pela União Europeia através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Para o investigador principal do projeto e docente do ICBAS, João Niza Ribeiro, o financiamento recebido – superior a 850 mil euros – vai permitir o desenvolvimento e implementação de um sistema integrado online (plataforma web) de apoio à decisão na utilização de antimicrobianos, destinado a médicos veterinários e produtores, com vista a reduzir de forma sustentada os consumos de antibióticos nas explorações de suínos e na bovinicultura leiteira”.

Leia a notícia completa aqui.

Fonte: Notícias UP; Imagem: Amber Kipp via unsplash.

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Poluição no estuário do Douro. Investigadores alertam para estado “lastimoso”

Há barcos no rio Douro que estarão a fazer descargas ilegais e não há ninguém a controlar. São apontadas como uma das causas de poluição do rio.

Mas para ambientalistas e investigadores este é só um dos muitos problemas. Há 22 mil casas ou espaços comerciais com esgotos diretos ou indiretos para o estuário do Douro.

Veja a reportagem completa aqui.

Fonte: RTP Notícias; Imagem: Quentin Marquet, Pixabay.

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Expo One Health abriu as portas do ICBAS ao Grande Porto

Perto de 500 participantes visitaram a Expo One Health organizada pelo ICBAS-UP, entre os dias 2 e 4 de novembro.

Pelo terceiro ano consecutivo, o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) da Universidade do Porto assinalou o Dia Internacional One Health, agora no formato de uma exposição de três dias dedicados à demonstração hands-on da aplicabilidade prática do conceito, que assume a interligação entre a saúde do ambiente, animal e humana. A Expo One Health reuniu empresas, fundações, associações e ONGs, para além de unidades de investigação da U.Porto, assim como as cinco áreas de ensino ligadas à saúde do ambiente, saúde animal, saúde humana, bioquímica e bioengenharia.  O evento incluiu palestras sobre a temática, incluindo a do presidente da Câmara Municipal do Porto, que defendeu a adoção do “conceito One Health não apenas enquanto abordagem científica, mas também enquanto abordagem política face à emergência climática que estamos a viver”.

Leia a notícia completa aqui.

Fonte: Notícias UP; Imagem: ICBAS

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Expo One Health

Este ano o Porto One Health Day comemora-se no ICBAS nos dias 2, 3 e 4 de novembro.

Os visitantes poderão realizar atividades práticas e interagir com especialistas de várias áreas da saúde (Ambiente, Medicina e Veterinária, entre outras). 

Para além dos cerca de 25 stands, a Expo One Health contará ainda com sessões que pretendem expor a abordagem One Health a partir de diferentes pontos de vista.

O evento é para toda a família e a entrada é livre. O acesso ao ICBAS (piso 4) poderá ser realizado pela entrada principal – Rua de Jorge Viterbo Ferreira 228 – ou pela Rua Dom Manuel II (4050-313 Porto).

Leia a notícia sobre o evento aqui.

Horário da Expo One Health: 2 e 3 de novembro das 12h às 18h; 4 de novembro das 11h às 19h.

Programa de palestras:

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Escola de Verão do ICBAS juntou várias áreas em torno de “Uma Saúde”

A 1.ª edição do curso conjunto do ICBAS, FCUP, i3S e CIBIO decorreu entre julho e setembro, com 10 participantes de diferentes áreas.

Chegou ao fim a escola de verão 1Health1Welfare, promovida pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto (ICBAS), em parceria com a Faculdade de Ciências (FCUP), o Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) e o Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO) da Universidade do Porto.

A primeira edição da formação contou com a participação de 10 estudantes e investigadores de diferentes áreas e procurou promover o conceito Uma Saúde através de uma forte aposta na vertente laboratorial vocacionada para a proteção da saúde e bem-estar humano e animal.

Leia a notícia completa aqui.

Fonte: Notícias UP; Imagem: ICBAS

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Cianobactérias e seus impactos no ecossistema

Por Ivo Pinto, Estudante de Doutoramento no ICBAS | CIIMAR, UMIB

PORTO – A degradação das massas de água doce é uma preocupação constante e cada vez mais relevante. Os efeitos das alterações climáticas (aumento da temperatura média anual e eventos de seca extrema) juntamente com más práticas de uso do solo (descargas inadequadas, agricultura intensiva, entre outros) levam à eutrofização das massas de água e criam desequilíbrios no ecossistema.

Em águas superficiais eutrofizadas, as cianobactérias podem produzir uma variedade de metabolitos tóxicos que têm numerosos impactos no ecossistema (resiliência e integridade da cadeia alimentar), bem como nos serviços ecossistémicos (atividades recreativas e água para consumo).

As hepatotoxinas, um dos grupos de toxinas produzidos por esses organismos, têm como alvo o fígado e são responsáveis pela destruição da estrutura interna, podendo levar à hemorragia intra-hepática, choque hipovolémico e morte. Outro grupo de toxinas produzidas pelas cianobactérias, as neurotoxinas, atuam interrompendo a propagação normal da estimulação nervosa aos músculos, resultando em paralisia muscular e possível morte por insuficiência respiratória. Também produzidas por cianobactérias, as dermatoxinas agem pelo simples contato com a pele ou mucosas do corpo, resultando em reação alérgica.

A presença crescente destas toxinas no ambiente é motivo de preocupação, pois afetam o bem-estar humano, animal e a biodiversidade. Além disso, estas toxinas são bioacumuláveis e podem ser bioamplificadas ao longo da cadeia alimentar, podendo atingir os seres humanos que consomem organismos portadores de toxinas. Isto pode representar um risco para a segurança alimentar.

Como roteiro para a aplicação da abordagem One Health ao ecossistema, a fim de prevenir potenciais riscos, a vigilância e a partilha de informação sobre estas toxinas são essenciais para garantir a deteção precoce e a adoção de procedimentos preventivos. Em última análise, esta estratégia integrada irá garantir a utilização e gestão sustentável das massas de água, bem como da área envolvente, protegendo a saúde humana, animal e do ambiente.

Imagem – Espuma verde de cianobactérias numa albufeira temperada portuguesa. Créditos: Ivo Pinto

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