One Health —
One Health em Ação

Desmitificar a produção de alimentos aquáticos e os seus efeitos no ambiente e na saúde humana

Novembro 2024

Por Paulo Vaz-Pires e António Afonso | ICBAS

PORTO – Os alimentos aquáticos são obtidos através da pesca, atividade tradicional, e também da aquacultura, como atividade produtiva intensa bastante recente. São considerados essenciais num regime alimentar equilibrado, de acordo com as recomendações da OMS, FAO e nutricionais.

A pesca permite obter cerca de 50% dos alimentos aquáticos mundiais, e a aquacultura outros 50%. O aumento da população mundial e as dificuldades na pesca tornam a aquacultura cada vez mais indispensável.

Os alimentos aquáticos estão associados a vários mitos. “O pescado cultivado é menos saboroso e saudável do que o da pesca”, e “a aquacultura é ambientalmente prejudicial” são comuns. Na verdade, o pescado de aquacultura tem excelente qualidade nutricional, e qualidade e segurança asseguradas por sistemas modernos e eficazes.

Os benefícios demonstrados são os relacionados com as doenças cardiovasculares, a diabetes e a artrite. Na área do cancro, há resultados promissores.

Os interesses humanos são fortíssimos e continuam a impedir que se atinja uma sustentabilidade adequada no ambiente aquático, assistindo-se ainda ao empurrar das verdadeiras soluções para o futuro, que poderá ser séria e irremediavelmente afetado.

Em resumo, devemos consumir pescado regularmente, tanto da pesca, selecionando espécies menos ameaçadas, como de aquacultura, optando por produção local e nacional. A procura, a seleção e o estudo de informação fidedigna será a única forma de eliminar vários mitos associados a este tipo de produtos.

Imagem – Paulo Vaz-Pires e António Afonso na ‘Conversa One Health’ realizada, no ICBAS, no dia 24 de outubro de 2024. Créditos: Sofia A. Costa Lima.

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